18 outubro 2006

Peñon de Ifach

Na sexta (14.10) as 20h chegou Sassá de Barcelona, fomos buscá-lo na rodoviária e aproveitamos para passar em um super mercado e nos abastecer para as escaladas.
No sábado pela manha saímos em direçao sul, uns 140km, com destino a Calpe onde está o Peñon de Ifach. Uma formaçao de rocha calcárea com 332m de altura que brota do Mediterraneo, que lembra um pouco o Pao de Açucar, nao pela forma mas pela localizaçao ao lado do mar e em uma cidade de muito turismo e praias maravilhosas. Durante a ida uma chuva forte nos acompanhou até Calpe. Nossa primeira visao do Peñon foi turva pelo temporal, mudamos um pouco os planos e fomos visitar Luis Vilan, o escultor que estava em Camponaraya e vive bem perto, em Altea, mais 11 km ao sul. Ele nos recebeu super bem em sua casa e algum tempo depois já estava fazendo sol e aproveitamos e fomos tomar o primeiro banho no Mediterraneo de água super azul e praia de pedras. Dormimos esta noite em Altea e o Luis nos preparou um super jantar.
Na manha seguinte voltamos para Calpe junto com Luis que nos arrumou outro apartamento de um amigo para ficar e seguimos direto para o Peñon para escalar. Buscamos a Via Valencianos para novamente nos aclimatarmos com a rocha, o grau e a proteçao do lugar. O traçado original é muito simples e resolvemos seguir por uma variante chamada Polvos Magicos, em 4 cordadas chegamos ao cume do Peñon com uma vista deslumbrante do Mediterraneo. Para descer existe uma trilha que dá acesso ao cume caminhando, baixamos tranquilamente em 40 minutos. Como já estava calor trocamos as pedras verticais pelas horizontais e seguimos para a praia logo ao lado do Peñon.
Na segunda-feira pela manha voltamos à face sul do Peñon para mais uma via, o Diedro UBSA, que tem este nome devido a um grupo de escaladores que em todas as vias coloca estas iniciais. O grupo nesceu na década de 70 e inicialmente era Union de Buitres Socialistas y Anarquistas, mais tarde virou Union Bacteriológica de Seres Antagónicos, resumindo, uns escaladores malucos por aqui. A via segue um diedro bem marcado e simpesmente alucinante. A proteçao fixa é nova, ou seja foi regrampeada, e nos croquis sugere levar algum equipo móvel, mas para nós só a proteçao fixa foi suficiente pois estamos acostumados com a proteçao um pouco mais exposta.... mais parecida com a do Pao de Açucar. Ficamos mais felizes de encontrar menos chapas mas nao é nenhum absurdo, é mais ou menos como as vias bem protegidas no Brasil. Depois de 5 cordadas de alegria baixamos rapelando para buscar nossas coisas que deixamos na base.
No final da tarde voltamos para Valencia com a intençao de terminar os tramites da transferência do carro para o nosso nome, uma vez que estavamos com o Sassá e com a toda a papelada pronta. Mas a novela continua... e na próxima semana vamos a Madrid para poder fazer a transferência pois o carro é matriculado lá e nosso endereço é de muito mais longe.

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