25 outubro 2006

Madrid

Enfim conseguimos.....graças a ajuda de alguns amigos conseguimos colocar o carro em nosso nome aqui em Madrid ontem.
Passamos a semana passada em Valencia descansando um pouco na casa do David e no final de semana fomos escalar em Montanejos com David e Paula. Fizemos uma via em Los Estrechos e no Domingo fomos a Chovar, um pequeno povoado ondes os pais de David tem uma casa e bem próximo existe umas formaçoes de arenito bem vermelho mas sólido. O lugar nao é muito frequentado por escaladores e nao tem vias equipadas. Assim que pela primeira vez colocamos em uso nosso Camalots e Nuts. Além das formaçoes de arenito o lugar é cheio de árvores de cortiça que sao usadas para fabricar rolhas para vinho. Muito interessante a árvore que leva aproximadamente 10 anos para engrossar a casca até uma espessura que seja utilizavel na fabricaçao de rolhas. Entao as árvores sao descascadas até uma altura de 2 metros retirando a cortiça. Um ato que normalmente mata outras árvores, mas a cortiça nao, a retirada da casca nao mata a árvore que começa um novo ciclo de crescimento da casca.
Bem, na segunda-feira deixamos a casa confortável do David e fomos à Madrid com o objetivo de finalizar os tramites do carro. Chegamos em Madrid com chuva e para variar "atascos" ou seja engarrafamentos mil....
Fomos para Miraflores de la Sierra onde vive Sassá com mais 3 amigos de curso. Nos abrigamos em sua casa e na terça logo cedo fomos à Madrid fazer a burocracía e conseguimos finalizar após algumas horas de filas, cópias e taxas.
Continuamos por aqui esperando que a chuva deixe-nos escalar pela área, uma vez que ao lado da casa do Sassá está La Pedriza e muito próximo outros lugares de escalada. Gostariamos de visitar o Museu Reina Sofia mas na terça estava fechado e descobrimos que abre gratuitamente aos sábados pela tarde e domingo pela manha, assim que vamos esperar um momento destes mais adequados para ir.
Vou aproveitar para escrever um pouco sobre algumas coisas daqui. Os preço de supermercado sao lógicamente mais caros que no Brasil, mas existem coisas particulares mais baratas como suco em embalagem tetrapack de 2 litros €0,75.
Vou colocar alguns preços para que tenham uma idéia do custo de vida na Espanha. Um litro de leite €0.44, um litro de gasolina €0.97, coca-cola em lata € 0.40, sorvete pote de 1 litro €1.80, frutas da estaçao em média €1.00 o kg, 1kg de arroz €0.48, papel higienico 12 rolos €1.49, 1 dúzia de ovos €0.71, o kg do queijo mais barato é € 4.69, passagem de metro em Madrid € 1,00. Para ajudar a ter uma idéia melhor, o salário mínimo por aqui é de aproximadamente € 600 por mês. Eles por aqui ganham 15 salários por ano, ou seja tem o 13 como nós em dezembro o 14 em julho e o 15 dividido durante o ano. A principal preocupaçao de todos é com a hipotéca que tem juros de aproximadamente 3,5% ao ano e revisado a cada 6 meses. As hipotécas sao de 20 a 40 anos dependendo da idade de quem está pedindo o crédito, quanto mais jovem mais tempo para pagar. Os financiamentos para carros sao mais caros e custam 5% ao ano. Abrimos uma conta no banco e as taxas sao bem melhores que no Brasil. Aí vemos como os bancos nos exploram por aí. Aqui pagamos €6,00 ao ano para manter uma conta com cartao de débito. Internet e telefone em casa entao nem se fala, por €30 tem banda larga e telefone fixo sem limite de ligaçoes para qualquer lugar da Espanha (fixo - fixo) por mes. Enfim, só para ajudar a pensar porque as coisas sao como sao no Brasil. Por aqui muita chuva e esfriando a cada dia. Neste final de semana deve acabar o horário de verao e a diferença para o Brasil deve voltar a ser de 4h, até que por aí comece o horario de verao brasileiro. O sol está nascendo as 8:40h da manha e se pondo as 19:30h. Logo mandamos mais fotos e notícias......

18 outubro 2006

Peñon de Ifach

Na sexta (14.10) as 20h chegou Sassá de Barcelona, fomos buscá-lo na rodoviária e aproveitamos para passar em um super mercado e nos abastecer para as escaladas.
No sábado pela manha saímos em direçao sul, uns 140km, com destino a Calpe onde está o Peñon de Ifach. Uma formaçao de rocha calcárea com 332m de altura que brota do Mediterraneo, que lembra um pouco o Pao de Açucar, nao pela forma mas pela localizaçao ao lado do mar e em uma cidade de muito turismo e praias maravilhosas. Durante a ida uma chuva forte nos acompanhou até Calpe. Nossa primeira visao do Peñon foi turva pelo temporal, mudamos um pouco os planos e fomos visitar Luis Vilan, o escultor que estava em Camponaraya e vive bem perto, em Altea, mais 11 km ao sul. Ele nos recebeu super bem em sua casa e algum tempo depois já estava fazendo sol e aproveitamos e fomos tomar o primeiro banho no Mediterraneo de água super azul e praia de pedras. Dormimos esta noite em Altea e o Luis nos preparou um super jantar.
Na manha seguinte voltamos para Calpe junto com Luis que nos arrumou outro apartamento de um amigo para ficar e seguimos direto para o Peñon para escalar. Buscamos a Via Valencianos para novamente nos aclimatarmos com a rocha, o grau e a proteçao do lugar. O traçado original é muito simples e resolvemos seguir por uma variante chamada Polvos Magicos, em 4 cordadas chegamos ao cume do Peñon com uma vista deslumbrante do Mediterraneo. Para descer existe uma trilha que dá acesso ao cume caminhando, baixamos tranquilamente em 40 minutos. Como já estava calor trocamos as pedras verticais pelas horizontais e seguimos para a praia logo ao lado do Peñon.
Na segunda-feira pela manha voltamos à face sul do Peñon para mais uma via, o Diedro UBSA, que tem este nome devido a um grupo de escaladores que em todas as vias coloca estas iniciais. O grupo nesceu na década de 70 e inicialmente era Union de Buitres Socialistas y Anarquistas, mais tarde virou Union Bacteriológica de Seres Antagónicos, resumindo, uns escaladores malucos por aqui. A via segue um diedro bem marcado e simpesmente alucinante. A proteçao fixa é nova, ou seja foi regrampeada, e nos croquis sugere levar algum equipo móvel, mas para nós só a proteçao fixa foi suficiente pois estamos acostumados com a proteçao um pouco mais exposta.... mais parecida com a do Pao de Açucar. Ficamos mais felizes de encontrar menos chapas mas nao é nenhum absurdo, é mais ou menos como as vias bem protegidas no Brasil. Depois de 5 cordadas de alegria baixamos rapelando para buscar nossas coisas que deixamos na base.
No final da tarde voltamos para Valencia com a intençao de terminar os tramites da transferência do carro para o nosso nome, uma vez que estavamos com o Sassá e com a toda a papelada pronta. Mas a novela continua... e na próxima semana vamos a Madrid para poder fazer a transferência pois o carro é matriculado lá e nosso endereço é de muito mais longe.

Fotos Peñon de Ifach

Visual do Mediterraneo

Sassa na Polvos Magicos

Sassa e Irivan no visual

Peñon de Ifach

Mar Mediterrâneo

Diedro UBSA segunda cordada

Diedro UBSA quinta cordada

Valencia

Ao voltarmos dos Pirineos fomos para Utiel na casa de Haya e Ana para resolvermos uns papéis do seguro do carro que estavam pendentes. Chegamos as 21h depois de um longo trecho de estrada com a Vanette. Na manha seguinte tivemos nosso primeiro problema mecânico, a Vanettte se recusava a funcionar. Comecei desmontando o carburador e resolvi checar a parte elétrica. Simplesmente nao tinha faisca nas velas. Desmontei o distribuidor e eis a surpresa, um carro japones na europa de 1991 ainda tinha platinado, coisas que no Brasil só carros mais antigos tinham. Os carros brasileiros da década de 90 já tinham igniçao eletrônica há algum tempo. Bem, o platinado estava "grudado" e com isso nosso problema. Reajustei o tal platinado e assim voltou a funcionar. Fomos à cidade e acertamos a papelada e aproveitamos para comprar um platinado e condensador novos, só para garantir. Nos despedimos de Haya e Ana pois estes embarcaram para o Nepal para uma viagem de um mês pelas montanhas e seguimos rumo à Valencia.
Voltamos à casa de David e Paula para mais uma estadia. Vale a pena mencionar que da vez passada que estivemos em Valencia fomos visitar o lugar onde trabalha David, IBV - Instituto de Biomecânica de Valencia. O Instituto é vinculdado a Universidade Politécnica e desenvolve diversos programas de estudos de biomecânica.  Desenvolvem próteses de joelho e bacia, máquinas para testes das próteses, próteses para fixaçao da coluna, provas para cadeiras de rodas, testes em pisos esportivos, testes em materiais esportivos como roupas e calçados e mais milhares de coisas relacionadas. Um trabalho super interessante e mesmo por aqui inovador. É o único laboratório do tipo na Espanha e por isso tem uma equipe que produz o maquinário necessário, uma equipe que produz e instrumenta a parte eletrônica e uma equipe médica que faz testes com cobaias ou partes humanas retiradas de cadáveres. Trabalham cerca de 200 pessoas no IBV e quem tiver mais curiosidade pode olhar www.ibv.org. Aproveitamos em Valencia para colocar a casa em ordem e lavamos roupas. Escalamos mais um dia em Jérica e combinamos com o Sassá mais uma volta de escaladas, pois ele estava em Barcelona para um congresso e teria mais uns dias de folga....
 

17 outubro 2006

Pirineos

Rodamos umas 4 horas pelas estradas do Eixo Pirináico para chegar à Benasque, um povoado próximo aos dois maiores picos dos Pirineos, o Aneto de 3404m e o Posets 3375m. O povoado é um dos principais centros de esqui da Espanha e o forte do movimento por lá é no inverno. Tem a maior loja da Barrabés com 4 andares e tudo que se possa imaginar de equipo de montanha e esqui, conseguimos passear por 2 horas na loja e sair sem comprar nada, afinal, economia máxima. No mais o povoado é bem simpático e pareceia estar adormecido enquanto nao chega o inverno.
Saimos caminhando as 8:00h da manha já com um grupo de amigos daqui... Jorge, Noel, David, Paula, Rubem, Maica, Belo e Barbara. Eramos 10 pessoas com mochilas para passar 3 dias pelas montanhas. Passamos pelo refúgio Angel Orus e após 4 horas de subida chegamos a um lago a 2670m, em um vale super bonito. Armamos acampamento por alí e subimos uma crista que dava acesso à 2 cumes de 3000m. Fomos ao Diente Royo (3010m), Pico de Pavots (3121m) e na descida ao acampamento aproveitamos e subimos ao Tuca Forao de la Neu (3080m). De volta às barracas cozinhamos ainda com o final de luz do dia. Ao anoitecer nos enfiamos no saco de dormir pois já estava fazendo frio, nao tinha termômetro mas estava uns 4C.
Acordamos cedo na manha seguinte com o objetivo de subir ao Posets pela crista dos Espadas, um percurso mais longo que passa pelos cumes Las Espadas (3332m), Tuca de Llardaneta (3311m), Turqueta Roya (3273m) para chegar ao Posets (3375m).
Levamos 1h para chegar do lago a crista. Na crista tinha um mar de nuvens a esquerda e a direita nuvens transbordando pela crista o que formava um efeito particular com a luz do sol. Projetava na nossa sombra um espectro de luz, como se fosse um arco iris ao redor da projeçao de nossa sombra. Fazia um pouco de frio e alguns lugares tinha se formado uma fina camada de gelo sobre as pedras. A crista em alguns momentos ficava super afiada com pendentes fortes para os dois lados. Em alguns lugares tinhamos que trepar lances de II grau, fáceis mas com alguma emoçao. Levamos 4 horas para chegar ao cume do Posets, que por nossa sorte no momento estava vazio. Da crista vimos antes como 40 pessoas no cume que haviam subido pela rota normal, mas a medida que iamos nos aproximando as pessoas iam descendo. Ficamos por lá uns 20 minutos e aproveitamos para um lanche. Descemos pela rota normal e no meio da descida resolvemos subir mais um, já que estavamos por lá, o Diente de Llardana (3085m).
Chegamos de volta ao acampamento perto da 16:00h alegres e satisfeitos com o passeio. Dois amigos tinham de descer e seguiram caminho abaixo e nós ficamos para mais uma noite ao lado do lago.
Na manha seguinte levantamos acampamento e descemos até o carro, onde chegamos ás 12:00h e partimos em direçao a Utiel, Valencia. Demoramos mas chegamos as 21:00h na casa de Haya e Ana.......

Fotos Pirineos

Galera no cume do Diente Royo

Subindo a crista do Pavots

Efeito da projeçao da sombra nas nuvens

Crista dos Espadas

Mar de nuvens

Jorge, Irivan e David

Crista dos Espadas

Acampamento no lago

Fotos de Vila Nova de Meiá

Vista da Pared del Arcs

Irivan guiando na via Musical Express
Marcia na primeira cordada.
Bonier e Pira sempre na cabeça
Rapelando
Irivan escalando na Pared Zaratrusta

11 outubro 2006

Vila Nova de Meiá

Ao sair de Riglos, Pedro e Carol nos emprestaram um guia de escaladas de Vila Nova de Meiá. Um lugar de escaladas ao norte de Lleida (em Catalao ou Lérida em Castelhano), com uma rocha calcárea e paredes espetaculares de 200m. Saímos de Huesca no final da tarde e chegamos por lá perto de uma da manha, com a lua crescendo e uma noite incrível. Dormimos perto da Pared del Arcs, que está ao lado da estrada que liga pequenos povoados e tem muito pouco movimento. Na manha seguinte acordamos devagar e gastamos um bom tempo com um café admirando todas as paredes e procurando no guia algumas vias para começar. Pouco depois do meio dia fomos escalar. Fizemos 2 vias de 150m muito interessantes na Pared del Arcs. Como sempre temos que nos acostumar com a rocha e com a classificaçao do grau. Em Vila Nova o grau é um pouco mais forte que em Riglos e as chapeletas estao um pouco mais distantes, mais próximas de nossa realidade no Brasil.
No geral todos os lugares de escalada por aqui tem muitas chapeletas e muito próximas, super protegido. Inclusive estamos ficando mal acostumados com isso, além de muitas chapas e próximas uma da outra, as poucas fissuras que vimos também estao com chapas, algo que para nós é questionável.
As cordadas também em geral sao pequenas. Com cordas de 60m normalmente podemos emendar 2 de uma vez, sao raras cordadas com mais de 40m. Isto geralmente para poder escalar com apenas uma corda de 60 m e descer sem problemas.
Bem, Vila Nova foi pura alegria, no segundo dia escalamos uma via de 225m em 6 "largos" curtos. Uma clássica chamada Musical Expres (6b+, com descanço). No terceiro dia escalamos mais duas vias na Pared Zaratrustra e já estavamos cançados com os braços "tijolados" e os dedos sem as digitais. Apesar de ser calcáreo, depois de dias dá para sentir o desgaste na pele.
Na sexta (06.10) deixamos Vila Nova em direçao a Benasque nos Pirineus para encontrar os amigos e caminhar um pouco pelas montanhas de 3.000m. .....

02 outubro 2006

Fotos Riglos


Da esquerda para direita - Fire, Pizón, Macizo, Frechin e Viseira.



Cume do Puro.



Marcia guiando no Macizo do Pizón.



Pizón com a agulha do Puro a esquerda.



Irivan escalando.



Irivan escalando no Puro.

Riglos

Saímos de Huesca no dia 23/set em direçao a Riglos. Point famoso mundialmente pela peculiaridade da rocha. Riglos é um povoado na base de uma formaçao de conglomerado. Uma rocha vermelha, quase terra, cheia de rochas na maioria calcáreas, incrustradas. Formou-se na era terciária como depósitos de rios que vinham dos Pirineus carregados de sedimentos. Em seguida iniciou-se um processo de erosao que levou ao relevo que vemos hoje, torres de 300 metros de altura, com cor avermelhada cheia de pedras de rios, redondas e grandes incrustradas. Já tinhamos escalado em conglomerados na Chapada da Diamantina mas Riglos é completamente diferente. Existem trechos sólidos e com boas agarras e outros que se desfazem nas nossas maos e com agarras pequenas. As paredes sao na grande maioria verticais ou negativas e cheias de "panzas", pequenos tetos algumas vezes difíceis de superar.
Os dois primeiros dias em Riglos choveu muito e ficamos apenas observando as torres que chamam "Mallos" em aragones que é a lingua local. Olhando de frente, da esquerda para direita, temos os Mallos Fire, Pizon, Macizo, Cutillo, Frechin e Viseira. Em seguida vem os Mallos Pequeños Colorado....e outros. O Fire destaca-se por ser uma torre bem vertical e cilindrica e é também a origem do nome das sapatilhas de escalada que eram feitas pela Boreal quando comecei a escalar.
Enfim na segunda dia 25 fomos escalar nos Mallos Pequeños, fomos no Colorado para sentir a rocha, a proteçao e o grau das vias. Como no Basil e no mundo cada lugar tem sua própria interpretaçao do grau e o tipo de proteçao. Escalamos 3 vias pequenas e fomos surprendidos por uma chuva de granizo e baixamos para o acampamento.
Nos dias seguintes tivemos melhor sorte e conseguimos escalar muito. Fomos para uma clássica no Macizo e terminamos com a chegada ao cume do Pizón. Escalamos depois o El Puro do Pizón uma agulha que pode ser vista nas fotos. Super boa no começo com uma rocha bem delicada ao final. Parecia que o Puro ia se desmançar em nossas maos.
Por fim na quarta feira a Marcia descançou e o Sassá e eu fomos a uma via um pouco mais dura no Pizón (6b), pura alegria e fechamento de chave de ouro para o Sassá que nesta tarde levamos para Huesca para que voltasse às aulas em Madrid. Fizemos compras no mercado e voltamos para Riglos.
Estava esquecendo mas encontramos um casal de brasileiros escaladores quando chegamos a Riglos, Pedro e Carol, que estao já a 6 meses por aqui na Espanha e estavam em uma volta de escaladas. Por acaso o Pedro já tinha estado no Marumbi com a Paulinha e tinhamos encontrado ele por lá também. Como estava com uma camisa da Snake na rua ele viu de longe e veio perguntar se eramos brasileiros e ao chegar perto lembrou-se do Marumbi.
Na sexta feira quando iámos escalar encontramos outro brasileiro o carióca Julio que está por aqui de férias e estava procurando alguém para escalar. De novo a camisa Snake. Acho que todos escaladores do Brasil conhecem Snake....Bem sorte dele pois fomos logo escalar na zona dos Volaos ao lado do Pizón.
Na sábado foi minha sorte pois a Marcia está com um pouco de dor no obro e assim fui escalar com Julio na Viseira, fomos a outra via classica chamada Moskitos. A Viseira é bem peculiar pois quase toda a parede é negativa e a sensaçao de vazio é enorme. É nela que fica a famosa via Fiesta de los Bicepes.
No Domingo fomos com Julio e Carol para o Fire e escalamos as duas pontas mais altas a Punta Mallafre e a Punta No Importa. O dia estava lindo e como um bom domingo tinha milhares de escaladores por todos os lados de Riglos. Ficamos um bom tempo no cume admirando os Abutres que como os urubus dominam a técnica de vôo e sao aves enormes. Seus ninhos sao em covas nas paredes dos Mallos e eles sao abeis no pouso em meio a parede. Sao abutres reais de cor amarelada e pelo que vimos devem ter mais de 2 metros de envergadura.
Bem o Pedro nao pode ir escalar conosco pois já na segunda feira anterior caiu com uma agarra na mao e bateu o tornozelo forte em um plato. Ficou a semana de molho e recuperaçao e nesta semana deve voltar escalar.
Hoje 02.out, estamos em Huesca novamente e vamos encontrar a Cecilia Buil, amiga da Roberta para conversar e ver umas fotos. Daqui temos planos de passar mais uma semana em Villa Nova de Meiá, que é perto de Lerida na Catalunia. O Pedro e a Carol seguiram para o norte e foram para Pamplona mudar os ares e o Julio ia seguir viagem para Itália. Um prazer de fazer novos amigos e a certeza que vamos nos encontrar pelo mundo de novo ou quem sabe em casa......
Beijos a todos.